No antigo caminho real que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, a Igreja de São Francisco Xavier (1771) emerge como uma surpreendente cápsula do tempo no bairro do Engenho Velho. Construída por escravos usando pedra e óleo de baleia, esta igreja de fachada singela esconde um dos mais ricos conjuntos de talha barroca da cidade, quase intacto desde o século XVIII.
Seu interior revela preciosidades: o altar-mor folheado a ouro com detalhes em forma de cacho de uvas (homenagem ao vinho sacramental), os azulejos portugueses que contam a vida do santo padroeiro e o raro púlpito giratório que permitia ao padre pregar para fiéis dentro e fora da igreja. O forro da nave, pintado por Manuel da Cunha em 1780, mostra São Francisco Xavier em glória, uma das poucas obras do mestre ainda no local original.
A igreja resistiu milagrosamente às reformas urbanas do século XX e hoje é mantida por uma irmandade secular que preserva tradições como a festa do padroeiro com procissão de tochas e o famoso pão-de-São-Francisco, distribuído aos fiéis.
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